es lo que tenemos e esta tudo a vienda

Marisa Orth esses dias falou uma das coisas mais sábias que eu já ouvi:

“Homens não casam com mulheres engraçadas, eles só se divertem com elas”.

Observando o mundo dos “relacionamentos” tenho percebido algumas coisas intrigantes.

Se conheceram, se gostaram de cara, os assuntos batem, as idéias,
os planos, querem conhecer o mundo juntos, de mochila, de carro, de camelo.
Se dão muito bem na cama, se ligam, riem juntos. As brigas são terríveis também, mas não ficam brigados por muito tempo, não conseguem.
Frequentam os mesmos lugares. Eles simplesmente não vivem um sem o outro.
Não são perfeitos, mas juntos até que são.

De repente, o corte é seco. Ele a deixa. Resolve se casar justamente com aquela que não entende piadas. Aquela que não dá gargalhadas incríveis, mal se arrisca a dizer algo se não tiver absoluta certeza. Aquela lá do vestido florido, corte tradicional de cabelo e medalhinha de ouro.

Ela vai odiá-lo, não vai entender as coisas por um tempo.
Vai ter certeza de que certas feridas não cicatrizam bem, antes de serem totalmente limpas. Limpá-las dói mais que fratura exposta. Vai demorar, mas a vida vai seguir.
Até encontrar alguém que pule de cabeça na vida. Não vai esquece-lo nunca, mas vai optar por ser inteiramete feliz.

Talvez ele se arrependa, passe a vida toda buscando a outra pessoa que o fazia feliz, ou até mesmo tenha casinhos com outras, mas a oficial sempre será aquela morna, sem grandes riscos. Sem medo, sem se frustrar com algo que poderia ter sido a melhor experiência da sua vida. Preferiu ter que estancar o sangue. Deixar na lembrança, matar o sentimento com o travesseiro.

São escolhas.

O porquê disso ninguém consegue explicar.
Eu sei que não há regras.

Mas desmitifico aqui a lógica de que opostos se atraem. Podem até ser atraídos pelo desconhecido. Mas isso não funciona a longo prazo. Aposto e ganho.
As vezes não dá certo. Mas quando dá, é bom demais.