quarta-feira, 18 de julho de 2012

um dia pra se lembrar.

O tempo voa, a gente acha que perde a memória...
esquece de tudo o que tem pra fazer,
por que há muito pra se fazer.
Mas quando a gente para e pensa, lembra...
lembra do gosto, lembra do rosto...
lembra que nunca esqueceu do que realmente
Importa pra se lembrar.

terça-feira, 28 de junho de 2011


Parte I

Eu não me lembro de ter tido muitos brinquedos na infância, mesmo porque, com cinco primos moleques, e um irmão, eu mal brincava de coisas de menina (eu era a única menina), sempre era “Policia e ladrão, Pega pega, Esconde esconde, Comandos em Ação e Rambo, mas a única que eles aceitavam brincar era “Elefante Colorido”, ah! Já ia me esquecendo, também brincávamos de “bobinho”, mas a “boba” sempre era eu! Não reclamo, foi a melhor infância que alguém poderia ter, a mais divertida talvez, que me rendeu boa parte das cicatrizes que tenho nos joelhos.

Pra ser sincera, não lembro direito da história, mas teve um brinquedo em especial que eu quis muito. Meu pai demorou pra comprar até porque naquela época brinquedos eram dados no Natal, aniversário, e olhe lá!

Era uma boneca da Estrela, “Meu bebê”, era linda, parecia um bebê de verdade, tinha roupa de crochê, lacinho no cabelo e até meinha (suspiros) como eu quis aquela boneca!

Perceba o rancor tratado em terapia: nunca esqueço, ele chegando com uma caixa enooooorme das lojas “Glória” explico: as lojas “Glória” eram uma rede de lojas que vendiam brinquedos naquela época, sendo assim, ver qualquer pessoa carregando uma sacola daquelas na sua direção, seria como ganhar na Mega em dias atuais. Era felicidade garantida e brinquedo á vista.

A sacola era maior que eu, finalmente ganharia meu bebê! Rasguei o papel de presente e a primeira decepção da minha vida aconteceu: NÃO, NÃO ERA O MEU BEBÊ, era uma boneca de cabelo amarelo de lã chamada “Bambina”, QUE NOME ERA ESSE? Eu tinha 8 anos, eu queria um bebê não uma bambina qualquer de cabelos de lã! Mas não me atrevi a fazer qualquer tipo de birra, não existiam birras na minha casa.

Foi então que a tristeza tomou conta do meu ser, eu sonhava com ela, eu só falava nela, até que eu TIVE FEBRE por causa da boneca (olha que eu nem sabia o que era marketing de guerrilha).

E meses depois, Tchanan! Ganhei a boneca de Natal, foi incrível. Eu brincava todos os dias com o bebê, os moleques me chamavam pra brincar com eles, mas eu estava encantada. Claro que por conta disso sofri alguma represaria, eles escondiam a boneca, eles arrancavam o pescoço do corpo, como eu sofri pra protegê-la.


quarta-feira, 23 de março de 2011



De todas as histórias de contos de fadas a que eu sempre me identifiquei foi a “Gata Borralheira”, talvez fosse a que estivesse mais próxima da minha realidade infantil. “Era ela que lavava toda louça e a roupa da casa, as escadarias, e ainda limpava e arrumava os quartos.” É lógico, como não tínhamos empregada eu tinha minhas obrigações. Não tantas como ela, mas eu tinha. A moça boazinha, linda e rota que aguentava docilmente e com bondade as crueldades de suas irmãs e de sua madrasta chata.

Tem que ter vocação pra ser bom hoje em dia.

Como era mágico ver ela se dando bem no final! Quando o príncipe calçava o sapatinho de cristal no pé dela... Nossa! Como eu quis um sapatinho de cristal, Deus do céu!

E o tal do “juntos viveriam apaixonados por toda a eternidade”, não há nada nessa vida que seja tão emocionante quanto juntar “paixão e eternidade” numa única frase.

O legal da história pra mim não é a ida dela ao baile, nem o Príncipe apaixonado com quem ela se casou, podia até ser a vingança “da vida” com as irmãs que se achavam e a madrasta má. Mas não é.

A melhor parte é a Fada Madrinha, claro! A possibilidade de ter alguém no momento exato que chegasse sorrateiramente e PLIM, como mágica mudasse tudo, mudasse seu guarda-roupa, seu cabelo ( a Gata Borralheira devia ta precisando de uma boa hidratação). Seria um brinde à reviravolta da vida, ao novo curso do destino, a todas as possibilidades... Suspiros!

E a Fada Madrinha pra mim tem milhões de representações, por exemplo, hoje o significado de Fada Madrinha pra mim é Mega-sena.

Sejamos bem-vindos à vida adulta. Os valores mudam, os contos de fada são outros, mas os desejos são pra todo o sempre, amém.

Vai Freud, agora explica.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011



Saudade de andar “correndo” na areia da praia até o mar, sentir quase que os pés queimando de propósito e preguiça por não querer segurar o chinelo, numa espécie de masoquismo, só pra depois ter o prazer de refrescá-los na água gelada do mar.

Saudade de atravessar a rua larga daquela cidadezinha do interior, sentar descalça nas escadinhas daquele bar de esquina e tomar uma refrigerante de garrafa às 16h da tarde.

Saudade de caminho largo ou estreito, andar na terra, roça, grama, saudade até de reclamar de mato piniquento!

Saudade de vó, saudade de comidinha, de cheiros, gostos e de sons.

Saudade de céu de brigadeiro. Banho de chuva de verão ou de mangueira.

Saudade de “bigode” de vitamina de abacate. (mas tem que ser vitamina de mãe)

Saudade de dormir até acordar, e resolver dormir de novo.

Saudade de só ter compromisso com vida.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Já que moramos em um país em que qualquer um pode escrever um livro, seja lá quem for, prostituta, padre ou ladrão. Eu também vou escrever! (Embora não tenha vocação pra nenhuma dessas categorias.)

Sabe aquele negócio de coisas pra fazer antes de morrer?

Mas se eu escrevesse, iria falar do que? Tem tanta gente que fala de tudo. Penso que tem que ser algo diferenciado, ousado, dramático que tenha romance, uma pitada de intriga, por fim, todas essas coisas que prendem atenção do leitor.

Mas que base eu teria pra escrever um livro? Me eduquei lendo “Sabrina, Bianca e Júlia.”

Explicação rápida: Uma vizinha da minha mãe doou gentilmente os livros pra mim, na época tinha uns 11 anos de idade, minha mãe coitada sem saber do conteúdo achou legal o ato da vizinha generosa em me doar todos os seus 30 livros. "Pra melhorar minha leitura."

E olha que com 11 anos (ONZE ANOS) era difícil pra eu entender o que significava muitas das palavras tais como: rijo, másculo, viril e outras que não me lembro.

Pra quem não sabe o que estou dizendo ( Ei, que planeta você vive?), ai vai a resenha de algum deles que resgatei na internet.

“O capitão Hawke é obcecado por encontrar o vilão que destruiu sua família e o impediu de receber a posse da herança de seus ancestrais. Jovem, loiro, alto, másculo, forte, íntegro. Um deus grego. O capitão, príncipe dos mares, tem seus planos colocados em risco quando conhece a bela e destemida Adrienne, moça simples, mas de grande coragem e astúcia. A raiva inicial é, na verdade, o mais puro dos amores que vai mudar para sempre a vida desse dois seres unidos por um único desejo: serem felizes para sempre.”

20 anos depois, eu não acho que isso tenha me causado nenhum mal. Um pouco tratando-se de relacionam.... FOCO!

Não escreveria a respeito de auto-ajuda, mesmo porque to pra conhecer alguém que se ajude de verdade. O mundo morre de pré-conceito de livros assim, e o pior é que todo mundo já leu, pelo menos um, mas negam. E os autores continuam bilionários.

Depois de alguns dias pensando no que poderia escrever, EURECA! A resposta veio como uma bigorna caindo do céu. Continua...

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