Um café com dona dramática, que assim como ela, não come muito e faz um estrago enorme dentro do estômago. Ah estômago! Fora todas as outras partes do corpo que finge não existir, o estômago é uma das que não deixa parar de lembrar.
Recusava-se chorar na frente das pessoas porque sempre achou sinal de fraqueza.
Segurava o caminho todo, entrava na casa, vazia, corria para o banheiro, trancava a porta, ligava o chuveiro e pronto. Agora podia chorar em paz.
Apagava as luzes, porque achava que com as luzes acesas ela seria capaz de enxergar o que não queria.
Vinha tentando dormir no sofá da sala, pra ter insônia em algum lugar diferente que não fosse a cama... Ah maldita cama! O único lugar que não queria estar pra dormir. Andava fugindo dos travesseiros, de pobres penas de ganso. Antes amigo, agora o inimigo macio de um cérebro pensante.
Tudo andava meio truncado, e ela se sentia mais estúpida que nunca.
Até que pode perceber que dramática por dramática, negar uma paixão é muito mais louco do que aceitá-la dentro da gente.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
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3 comentários:
"Apagava as luzes, porque achava que com as luzes acesas ela seria capaz de enxergar o que não queria."
"Até que pode perceber que dramática por dramática, negar uma paixão é muito mais louco do que aceitá-la dentro da gente."
sem comentários por enquanto...ainda estou refletindo sobre esse post!
adoro as finalizações de texto que dao cvontade de ler mais. lembrei do los hermnaos =)
"sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer..."
Atualiza!!!
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