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O prato do microondas gira, enquanto aquece a lasanha de ontem.
Um sorriso amarelo, nó na garganta e a tal carência vindo e, sinceramente, nem foi convidada pro jantar.
Pessoas precisam de coisas, diz ela, e não pára por aí...
Relacionamentos precisam ser regados, precisam de beijos apaixonados, beijos de língua mesmo, antes que a paixão já tenha se retirado para morar na Colômbia.
Acho que eu to Bipolar, não pode ser algo do tipo “transtorno obsessivo de mulherzinha”.
Pode ser o retorno de saturno ou plutão mudando o curso das coisas.
Ai, ai se eu tivesse feito depilação, minha auto-estima não estaria chegando na quinta camada do inferno.

C H E G A! Um grito com eco soa pela cozinha.

Por mais que pareça sintoma de mulherzinha, como eu costumo dizer,
sabemos o quanto e quando estamos sendo verdadeiramente amadas.
Mesmo não querendo acreditar em romantismo, assistimos centenas de vezes filminhos de amor eterno.
Queremos sexo selvagem, e SIM, nós gostamos também de galanteios e de gentilezas.
Por mais que pareça clichê, queremos tudo a que temos direito... e pagamos, às vezes, um preço muito alto só para correr os riscos de não deixar o amor se esvair.

Moral da história.

Não é porque comemos lasanha do jantar de ontem que significa que gostamos do amor de hoje requentado.