amor sublime amor

Às favas, porque de sublime ele não tem nada.
Não pode ser assim quando se tem vontade de ficar de pijama o dia todo com a cabeça coberta, por achar que um dia de sol é quase ofensivo. E que os dias frios e chuvosos são melhores porque sempre vai ter alguém melancólico pra dividir o amargo com você.
Alugar filmes idiotas e sensíveis, pra ver se o choro consegue ser por algo que não tenha o nome dele.
Essas tais vontades que chegam do nada como alguém faminto há dias.
É feio falar do dissabor das coisas, assim como não soa bem querer que alguém morra pra você parar de sentir dor.
Gritar espécies de refrões intermináveis de tantos “ais” pra poder dar uma outra sonoridade ao suspiro.
Não, não e não. A vida real é cruel, meu bem. Nem sempre os finais são grandes finais felizes.
Não vamos falar da fábula de doces maçãs, só porque o príncipe resolveu trair o amor da princesa com a gostosa bruxa má de bunda grande.
Nesse caso não foi o fruto que envenenou a alma.