fossa
s. f.
1. Cova.
2. Cavidade subterrânea para onde se despejam dejetos!
Você tem mil maneiras de ficar na fossa, invente a sua!
É tão engraçado. Não, não é. Quando é “fossa profunda”,
nem a Higitec salva.
Tem dias assim mesmo. Maldito inverno, cinza, quando tem chuva então... fica pedindo uma depressãozinha que, mesmo sendo chique e melancólica, causa grandes danos.
Tudo parece uma conspiração ao sofrimento.
Se a maldita te pega num dia “jurídico”, ferrou!
Pra levantar é uma luta. Quando conseguimos sair da cama, dá vontade de voltar num salto de ginasta, valendo medalha em dia de olimpíada.
Fora aquela música triiiiiste, que fica no fundo da cabeça, acompanhando a gente, martelando por todos os lugares.
Todas aquelas pessoas felizes, dando bom-dia até para as paredes. Você mal consegue se concentrar no trabalho. Além do mais, tem chefe que fareja de longe o dia que você acorda assim, porque fatalmente ele vai esporrar você em publico.
Se tiver “inteligência emocional”, engula o choro.
Se você não tiver, vá correndo até a terceira portinha do banheiro e fique lá, até transbordar as suas “cataratas do Niágara”.
Depois disso, finja um desmaio, mate algum ente querido. Não faça os dois, porque vão mandá-la pra enfermaria. Péssimo!
[Conselho: Se optar pelo falecimento de alguém, mate os que já morreram, pra você não ter que sofrer de culpa também.]
Se funcionar, pegue seu Oscar de melhor atriz, vá pra casa e corra, sem olhar pra trás.
Por outro lado, quando a “tal” acontece no fim de semana, ponto positivo. Se é que há algum.
Pelo menos você tem opção de ficar o dia todo de pijama, da cama para o sofá, e do sofá para a cama.
O banho pode durar horas, você pode chorar sentada no box, encostada no azulejo, cena clássica. Mas tem que fazer direito. [Use alguns óleos de banho, no caso de um ataque egocêntrico. Brincadeira!]
Não tenha ideias malucas, tipo ir até o supermercado às 2h da manhã - não existe nada pior do que músicas de supermercado. Sério, tô falando sério! Fica aquele silêncio e, ao fundo, sempre tocam coisas clássicas, tipo: “There Will Always Be a You”. Depois não vem dizer que chorou abraçada ao “Confort” na seção de produtos de limpeza.
[Conheço gente que passou por isso. Teve até que mudar a marca do amaciante de roupas.]
Alimentação não existe, graças ao nó na garganta, pode tirar proveito e emagrecer. [Sofrimento emagrece mesmo!]
S.O.S Malibu.
Cuidado com apelação sentimentalista, masoquista ou filmes dramáticos, daqueles que quando acaba a gente fica feito boba chorando... vendo os créditos subirem. Quando a trilha final é boa então, dá-lhe rewind, e os créditos sobem novamente, só pra chorar mais um pouquinho... rewind de novo, chora de novo, rewind no choro. E por aí vai.
O legal é quando você tem trinta amigos te ligando, tentado levá-la praticamente para o inferno, sim, se você acha que já estava lá. Engana-se.
Faça o teste.
Coloque “Footloose” se o dedão do seu pé mexer espontaneamente. Seu fim de semana tem salvação.
Só um pouco de boa-vontade.
Coloque sua melhor roupa, capriche muito na make [esconda as olheiras horríveis], capriche no blush - ele salva a vida de qualquer defunto.
Não faça perguntas estúpidas, do tipo: “Se eu fumar um cigarro, vai doer meu peito?” Você não precisa ser um guru Krishna dos Alpes saudável. Não agora!
Beba, porque nessas horas o álcool é um grande companheiro. Depois dê um tempo, você vai se sentir a mulher mais linda do mundo. A noite é sua! Aproveite.
Não se preocupe com o dia seguinte.
Melhor acordar na sarjeta e FELIZ por ter aproveitado do que ficar na FOSSA e sozinha.
É isso.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
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